Formula 1: Vettel vence Bahrain Grand Prix

O Barhain Grand Prix será lembrado pela aproximação final de Valtteri Bottas no Mercedes AMG F1 W09 EQ Power+ #77, ao Ferrari SF71H #5 de Sebastien Vettel, mas a realidade é que a corrida do Bahrain teve mais histórias para contar.
Qualificações: Verstappen e Hamilton relegados para a confusão.

As surpresas começaram antes das qualificações, quando se soube da penalização de 5 lugares na grelha aplicada a Lewis Hamiltom, por ter trocado a caixa de velocidades do Mercedes AMG F1 W09. Na melhor das hipóteses o britânico teria de sair de sexto na grelha o que tornava a sua corrida bem mais difícil. Hamilton classificou-se em 4º na Q3 e com isso sairia da 9ª posição.
As qualificações também fizeram estragos. Verstappen que estava muito rápido, perde a traseira do carro e vai embater com a frente nos rails, a cerca de 5 minutos do final da Q1. O piloto da RedBull ainda passa à Q2, mas fica-se pelo 15º lugar na grelha quando tinha condições para ficar entre os 4 primeiros. Ainda a discussão da passagem à Q2, com Alonso e Grosjean a fazerem exactamente o mesmo tempo, mas o espanhol foi o primeiro a passar na meta, logo passou à fase seguinte enquanto Grosjean teve de ficar por ali. Na Q3 Hamilton fica-se pelo 4º tempo, enquanto os Ferraris ocupam a 1ª linha da grelha com Vettel em primeiro. Hamilton vai sair da nona posição e vê as sua hipóteses muito limitadas.
Grosjean sai de 16º, Verstappen de 15º e Hamilton de 9º. Três pilotos do primeiro terço da grelha, relegados para o meio da confusão.

RedBull fora da corrida
O sinal vermelho apaga-se e logo o Mercedes de Hamilton aparece do meio da grelha. Bottas faz um bom arranque e consegue passar Raikkonen. Vettel faz o que lhe compete e segura a 1ª posição. No meio da grelha algumas rixas. Perez, Force India #11, leva um toque do Toro Rosso de Hartley e faz um peão na curva 4, mas não há registo de que alguém tenha ficado pelo caminho. Mais tarde o piloto da Toro Rosso sofre uma penalização de stop-and-go de 10s. No final Hartley terminaria em 12º com apenas 0,027s de vantagem sobre o mexicano.
Verstappen consegue chegar-se a Hamilton e tenta passá-lo. Os carros tocam-se e Verstappen fura o pneu traseiro esquerdo. Hamilton passa incólume, mas verstappen fica com a suspensão danificada e acaba por desistir umas voltas mais tarde. Entretanto Ricciardo, no outro RedBull, vé o carro desligar-se… problema eléctrico. Ao australiano resta-lhe encostar e esperar por melhores dias.
Começam as trocas de pneus. A Ferrari troca para pneus macios (amarelos), numa estratégia de duas paragens. Por seu turno, a Mercedes está numa estratégia de uma paragem apenas. Bottas, o primeiro a trocar, sai da box com pneus médios (brancos) e mais tarde, Hamilton faz o mesmo.
Raikkonen atropela mecânico

Chega a vez de Raikkonen fazer a segunda paragem. O mecânico da roda traseira esquerda tem dificuldades em tirar a roda e, antes que o faça, o sistema dá sinal verde a Raikkonen que prontamente arranca atropelando o mecânico. A corrida do finlandês termina ali. O mecânico é encaminhado para o hospital. Supostamente o sistema “assumiu” que a roda já tinha sido trocada, quando de facto ela nem tinha saído, e deu luz verde a Raikkonen que, naturalmente se fez à pista… Saudades do “lollypot men”!
Hamilton está a fazer uma corrida extraordinária. Após a desistência de Raikkonen, ascende ao 3º lugar. Para trás ficou provavelmente aquela que será considerada a ultrapassagem do ano. Hamilton na recta da meta ultrapassa de uma só vez, Alonso, Cocon e Hulkemberg. O próprio confessou-se surprendido. A manobra não era para ser bem assim, mas quando deu por ela, já tinha ultrapassado três de uma vez. A distância que o separa do primeiro é demasiado grande para que chegue mais longe, mas o 3º lugar acaba por ser um bom resultado e são pontos amealhados.
Vettel salva Ferrari in-extremis

A Ferrari, agora com um só carro, muda de estratégia e Vettel não volta a trocar pneus. O germânico está com pneus macios e vai ter de os poupar para chegar ao fim. Bottas, com pneus médios em muito melhores condições vê a oportunidade de vencer a corrida. O piloto da Mercedes ganha entre meio a um segundo por volta a Vettel e, no final da penúltima volta, quando na recta da meta a diferença para o Ferrari lhe permite acionar o DRS, o Mercedes cola-se ao adversário, mas não passa. A manobra custa-lhe algum tempo e Valtteri Bottas não consegue fazer nova tentativa. A Ferrari salva-se in-extremis.

Uma última palavra para Pierre Gasly, Toro Rosso Honda. Um trabalho extraordinário que lhe valeu o titulo de piloto de Formula 1 do dia e o 4º lugar final, na frente de Magnussen (Haas), Hulkemberg (Renault) e Alonso (McLaren).
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